Páginas

31 de julho de 2021

Minha Trajetória Gamer – Parte 3

Antes de continuar, recomendo que leia a Parte 2.

Chegamos em uma das partes mais legais dessa jornada. Eu devia ter uns 8 ou 9 anos quando meus pais me presentearam com um videogame novo. Ele foi comprado nas Casas Bahia que naquela época era conhecida por ter pagamentos facilitados através do carnê – o que é triste, pois você acabava levando um item pelo preço de dois. O videogame em questão era o Dynavision 4 Radical, um dos clones do famoso Nintendinho 8 bits. Lembro que meus olhos brilharam quando abri a caixa e vi os itens que continham nela. O console propriamente dito, dois controles e uma pistola. Naquela época nunca nem tinha passado pela minha cabeça que haviam jogos de tiro, onde você poderia usar uma pistola.

Dynavision 4: RADICAL!

Para quem não sabe, o Dynavision 4 era auto-intitulado como o mais compatível dos Nintendo. O motivo para isso é que ele possuía duas entradas de cartucho do consagrado Nintendinho 8 bits. Essa diferença ficava por conta dos modelos lançados. No Japão tínhamos o Famicom que utilizava os cartuchos pequenos, de 60 pinos. Já no ocidente tínhamos o NES, que usava cartuchos de 72 pinos. Isso era um facilitador e tanto na busca por jogos já que no Brasil era comum encontrar os dois modelos.

Console, controle, flash gun e fita com 7 jogos

Junto com o console havia também um cartucho com sete jogos. Imagina só a felicidade da criança em saber que poderia desfrutar não apenas de um, mas de sete jogos! Os títulos eram: Mach Rider, Duck Hunt, Hoogan’s Alley, Tennis, F1 Race, Pac Man e Sky Destroyer.

Olha aí o Tennis e o Pac Man na lista de novo. A mudança aqui é que ambos ficaram bem mais coloridos, mas a premissa era a mesma. Logo, eles dispensam apresentações. Quanto ao F1 Race é fácil identificar que trata-se de um jogo de corrida de Fórmula 1. De todos os jogos no cartucho ele era o que eu menos jogava, pois a mecânica dele não me agradava muito.

Pac-Man: Clássico agora no Dynavision

Tennis: Mais colorido e com mecânica melhorada

F1 Race: Não podia nem encostar no outro carro

Hogan’s Alley e Duck Hunt eram os jogos onde você podia usar a pistola Flash Gun que acompanhava o videogame.

Hogan’s Alley tem dois modos de jogo. O primeiro modo era uma espécie de modo treino, onde os alvos ficam dispostos de 3 em 3 em uma espécie de esteira. Eles ficam ocultos até se posicionarem e então são revelados. Você devia acertar os bandidos e evitar de acertar os mocinhos e civis. No segundo modo havia um cenário onde os alvos ocultos circulavam aleatoriamente e em determinado momento se revelavam. Ele era mais difícil para os olhos não treinados.

Hogan's Alley: Cuidado para não acertar o alvo errado

Já em Duck Hunt, você está na pele de um caçador que vai para o meio do mato caçar patos junto com seu fiel companheiro cachorro. Na tela, o cãozinho atrapalhado fareja até pular para dentro do mato e enfim espantar as caças. Os patos (ou pato, caso esteja jogando em um modo de dificuldade mais simples) começam a sobrevoar loucamente a tela e você tem um tempo para acertá-los usando a pistola. Em caso de sucesso, o cachorro surge do meio do mato, segurando o pato pelo pescoço. Em caso de falha, os patos fogem e o cachorro aparece rindo da sua cara. Tinha um outro modo de jogo onde você treinava tiros, só que em pratos voadores.

Duck Hunt: Um ajudante que tira sarro da sua cara

No entanto, a cereja do bolo para mim estava concentrada em dois jogos, Sky Destroyer e Mach Rider.

Em Sky Destroyer você controla um avião de guerra que deve confrontar aviões e navios inimigos. Seu arsenal conta com duas metralhadoras nas asas para abater os aviões e torpedos para abater os navios. Mas não pense que o jogo consistia apenas em atacar. Você também tinha de desviar dos tiros inimigos, o que na real nem era tão complicado. A situação se complica quando surge na tela um avião maior. Ele era mais robusto e tinha um maior poder de fogo, então contar com seu arsenal não era o suficiente. Você também tinha de fazer algumas manobras para se esquivar. O jogo não tinha exatamente um sistema de fases, mas conforme você progride o jogo fica mais difícil.

Sky Destroyer: Voar tranquilamente não é uma opção

Mach Rider é um jogo que mistura corrida e combate. No jogo você controla ninguém mais que Mach Rider, um motoqueiro brabo que deve confrontar carros que insistem em persegui-lo e atrapalhar sua jornada. Sua moto é equipada com metralhadoras que são usadas para abater os carros que ficam te fechando durante o trajeto. Mas eles não são o único empecilho. Espere por estradas traiçoeiras, cheias de rochas e poças de óleo. A cada nova fase a situação se complica mais, com carros mais robustos e mais rápidos, além do trajeto possuir mais curvas. Um verdadeiro jogo de ação sobre rodas! Ele também conta com um modo criativo, onde você pode construir as pistas e jogar depois. Confesso que fiz muitas pistas retas e sem obstáculos para vencer mais facilmente, mas quem nunca né?

Mach Rider: Inimigos e estradas traiçoeiras

Enfim, esse foi mais um relato da minha aventura e pelo que percebi mal falei dessa fase. Será necessário uma parte 2 para a parte 3, ou em termos gamers 3 – 2. É isso aí, até a próxima!