E cá estou eu novamente para continuarmos essa saga de videogames maravilhosa. Eu ainda tenho muito o que falar sobre minha vivência com o Dynavision, então vamos lá!
Depois de muito tempo jogando o famoso cartucho Radical 7x1 (engraçado como isso lembra um certo evento, né?) chega aquele momento em que você enjoa de tanta jogo repetido. Naquela época era comum que houvesse locadoras espalhadas pelos bairros e lá no meu havia uma em específico que alugava não somente filmes, mas também jogos.
Lembro vagamente que o nome da locadora era algo como KV Home Vídeo, mas acabei me acostumando a chamar de Locadora do Gildo porque este era o nome do proprietário. Ele tinha cara de poucos amigos e talvez isso devesse ao fato de sempre estar com parte do rosto oculto sob um boné preto e ter aquele bigode grande ao melhor estilo tiozão rockeiro dos anos 90, mas o real é que ele era um cara muito gente boa.
Sério, era tanta fita que eu ficava perdido.
O aluguel de cartuchos não era caro (eu acho) e por apenas um real era possível alugar duas e ficar três dias com ela. Se você fizesse isso na sexta-feira, podia ficar quatro dias. Pra mim isso era mais que o suficiente, pois na época eu tinha todo tempo do mundo pra ficar jogando. E como eu aluguei fitas naquela época. Eu ia naquela locadora praticamente todo fim de semana e tenho certeza que não devo ter jogado nem a metade do catálogo. Mas tenho uma explicação para isso. Eu tinha o hábito de repetir a locação de certos jogos. Era tão fissurado em alguns títulos que até hoje eles permanecem em minha memória.
Um dos que eu mais me recordo de ter locado foi o Chip 'n Dale Rescue Rangers. Para quem não se recorda, trata-se de nada mais nada menos do que um jogo dos esquilos mais famosos da Disney, Tico e Teco. Ele foi baseado no desenho animado de mesmo nome e foi lançado em 1990.
Carregando mais caixas que chapas de rodovias.
No jogo, podíamos controlar tanto o Tico, quanto o Teco e o melhor de tudo é que o jogo também possuía um modo Cooperativo, tornando a aventura dos esquilos muito mais divertida – e muito atrapalhada, dependendo dos jogadores. Por se tratar de um jogo de plataforma, o objetivo era simples, no entanto, a dificuldade para atingi-lo era um pouco complicada.
Espere por telas infestadas de bichos estranhos, desde cães mecânicos a cópias dos próprios personagens. Para auxiliar, havia caixas espalhadas por todo o cenário, as quais eram usadas para lançar nos bichos ou até mesmo se esconder a lá Snake em Metal Gear. Ao final de cada fase havia um chefe a ser vencido, cada um mais bizarro que o outro. Sério, só pra citar o primeiro, era uma torre cheia de braços que ficava lançando raios nos personagens.
Nunca subestime o poder de uma ferramenta er... multiuso?
Outro jogo que lembro bem é o Darkwing Duck, também da Disney. O personagem – que também tinha um desenho animado de mesmo nome – era um pato que combatia o crime sob a alcunha de Darkwing Duck – uma sátira do Batman. O jogo foi lançado em 1992.
Este jogo também era de plataforma e o objetivo era descobrir e acabar com os planos criminosos de uma organização secreta conhecida apenas como F.O.W.L. Antes de iniciar cada missão tínhamos um resumo, explicado pelo já conhecido personagem da Disney, Capitão Boeing.
Sempre pronto para combater o crime!
O legal aqui era que Darkwing contava com seu próprio arsenal. Munido de uma pistola, era possível disparar vários tiros pela tela, no entanto os vilões também não aliviavam a barra. Entretanto havia uma mecânica legal no jogo que só descobri depois de tanto morrer. Ao pressionar o direcional para cima, era possível se defender dos projéteis lançados pelo inimigo ao esconder-se atrás da capa.
O único ponto aqui é que não eram todos os projéteis que podiam ser defendidos e a situação piorava no final da fase, quando era hora de enfrentar os chefes. Estes eram desafiadores e muitos vieram do desenho animado.
Nem a capa do Batman é tão eficiente!
Por enquanto eu vou ficando por aqui. Ainda faltam muitos jogos, como os das Tartarugas Ninja e Somari, uma hackrom que ficou famosa no por unir Mario e Sonic em um jogo antes mesmo da Sega e a Nintendo sequer pensarem em fechar uma parceria. É isso aí, até a próxima!