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11 de agosto de 2022

Minha Trajetória Gamer – Parte 6

Antes de continuar, recomendo que leia a Parte 5.

Tá preparado para mais um capítulo da minha fantástica jornada pelo mundo dos games?

O Dynavision foi com certeza um dos melhores videogames que eu já tive. Tenho boas lembranças da época em que o tive. Sem dúvida uma delas foi quando ganhei aquele cartucho que vinha uma porrada de jogos, ou ao menos era o que os vendedores nos faziam pensar. Depois de tanto jogá-lo que fui perceber que muitos jogos eram repetidos, porém em fases mais avançadas.

Na época não dei tanta importância pra isso, uma vez que aparentemente teria infinitas horas de jogo e sequer teria tempo de reclamar. Claro que os jogos não tinham o mesmo calibre de um Super Mario Bros. – o qual nem cheguei a dedicar um tópico, por se tratar de um jogo conhecido do público que consome videogames, ou até mesmo de jogos que citei em momentos anteriores desta saga, mas que ainda sim são memoráveis para mim.

No cartucho dizia 999 in 1, tenho quase certeza.

Cada página de jogos desse cartucho era repleta de surpresas, tanto boas, quanto ruins, mas irei ater-me aqueles que me trazem boas recordações.

Um dos títulos que eu mais joguei desse cartucho com certeza foi Mappy. Nele, você controla o simpático rato (ou camundongo) que dá nome ao jogo e deve recuperar um monte de itens espalhados pelo cenário, enquanto um monte de gatos insistem em te perseguir. Para te ajudar a se livrar da perseguição você conta com portas que, ao serem abertas na cara dos gatinhos, causam atordoamento. Existem também os elásticos onde você deve pular para alcançar as plataformas. Há um porém: conforme você pula, o elástico muda de cor, indicando sua fragilidade. Quando ele começar a piscar é indício de que você deve alcançar uma plataforma ou o próximo pulo será fatal. O legal é que isso funciona para os gatos também, então você pode fazer eles te perseguirem até que caiam na armadilha. ma vez que todos os itens do cenário são recuperados, você avança para o próximo.

Sem dúvida os elásticos eram seus piores inimigos.

O NES era uma plataforma recheada de jogos de esporte. Dentre estes eu joguei muito o Excitebike, um jogo de Motocross. Ele tem diversos modos de jogo, inclusive um modo criativo onde você podia montar as pistas, enchendo-a de rampas, lombadas, poças de lama, aclives e declives, tudo para deixar o jogo mais radical. Tem o modo livre, pra dar aquela relaxada e por fim o pior de todos eles, o modo competitivo. Esse sem dúvidas era cruel, pois seus competidores eram máquinas e muitas vezes eles jogavam sujo, não só te forçando a derrapar nas poças de lama, mas também atravessando sua frente no pior momento pra te derrubar. Se houvesse um modo competitivo de 2 players ou mais, muitas amizades seriam encerradas na época.

Buscando o primeiro lugar, mas sem jogar sujo.

Mas se um jogo de Motocross não tem adrenalina o suficiente, você precisa conhecer Elevator Action. Nesse jogo, você controla um cara que chega de rapel no topo de um prédio. Não sei se ele é o mocinho ou o bandido, mas sua missão é descer todos andares do prédio, usando o elevador. Mas não pense que isso vai ser fácil. No decorrer do trajeto, espere ser surpreendido por homens de preto que farão de tudo pra te abater antes que você chegue ao térreo e possa fugir no seu carrão. Embora o número de inimigos aumentasse conforme a descida, você dispunha de armas para abatê-los. O que mais me divertia nesse jogo não era a gameplay em si, mas sim a música que o embalava. Existiam músicas 8 bits excelentes, mas essa do Elevator Action era memorável, mas não por este motivo. Era uma música bem no estilo daquelas de elevador mesmo. Tenho ela na memória até hoje.

Será que o prédio é comercial ou residencial?

E falando em música, outro jogo que tinha uma dinâmica que casava com as batidas era Dig Dug. Nele, você controla um escavador que dá seu nome ao jogo e deve eliminar os monstros que assolam o subterrâneo. Para isso você conta com uma bomba de inflar, a qual você atira os monstros e infla até que eles explodam. Mas a tarefa não é tão simples quanto parece, pois você deve cavar buracos até chegar a estes monstros e eles não facilitam, pois podem se mover livremente no terreno quando se sentem ameaçados. O legal aqui era que conforme você se movia a música do jogo era tocada. Às vezes eu não fazia nada além de escavar só pra ouvir como a música se comportava.

Missão dada é missão cumprida!

Por fim, quero falar de um dos jogos mais memoráveis para mim nesta época, Karateka. No controle do personagem-título, seu objetivo era resgatar sua amada, a princesa Mariko das mãos de Akuma. Para ter sucesso você deve enfrentar diversos oponentes no decorrer de sua jornada, incluindo não somente outros karatekas, mas também uma a águia de Akuma e armadilhas, como portas automáticas – e como essas últimas eram insuportáveis. Dois pontos me prendiam nesse jogo. O primeiro era sua mecânica complexa. Ele era um jogo mais técnico, então qualquer erro podia ser fatal. O segundo é a sua história. Muitos jogos daquele cartucho focavam apenas em gameplay, mas Karateka era diferente, pois haviam até cutscenes durante a jornada. Pesquisando mais a fundo, descobri que o jogo foi o primeiro de Jordan Mechner, criador do sucesso Prince of Persia. Karateka inclusive teve um remake feito pela Dotemu em 2012, mas não parece ser tão lembrado quanto a sua versão antiga.

Movimentos precisos de um verdadeiro karateka.

Então, finalmente chegamos ao fim da saga do Dynavision. Foram longos anos na companhia desse fantástico videogame e muitos jogos que ainda não foram citados no decorrer dessa série de prosas, mas é hora de avançar em mais um ponto da minha trajetória gamer. Tem muita coisa boa vindo por aí. Até a próxima! Valeu!